Direção defensiva

Direção defensiva é um conjunto de atitudes que todo motorista deve adotar para evitar acidentes. E além de uma importante prática que ajuda a preservar vidas no trânsito, dirigir defensivamente acaba sendo uma ótima estratégia de negócio.

Isso, porque a direção defensiva ajuda a sua empresa a colaborar com a comunidade onde está inserida, a proporcionar mais segurança para o time e até a reduzir custos.

Quer entender mais? Acompanhe! ​

O que é direção defensiva: entenda

Direção defensiva é dirigir de uma forma que evite acidentes, mesmo diante dos erros de outros e de condições adversas – como explica a Secretaria Nacional de Segurança Pública no manual Condutores de Veículos de Emergência

Em ou​tras palavras, a direção defensiva é a capacidade de prever ocorrências no trânsito e agir em tempo de evitar o acidente em iminência. Para tanto, é necessário contar com cinco conceitos: conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade.​

Direção defensiva: os cinco conceitos básicos​​

Segundo o Manual do Condutor desenvolvido pelo Governo Estadual do Distrito Federal, cada conceito pode ser compreendido da seguinte maneira: 

Conhecimento

O condutor precisa conhecer o máximo de tudo que envolve direção e trânsito. Ou seja: leis, condições da via onde se desloca e todos os componentes do carro. 


Atenção​

Aqui, o condutor precisa estar atento a tudo que o cerca: seu carro, a via e outros motoristas. Por isso, algumas condutas são proibidas – como dirigir ao celular ou com fone de ouvido. Existem ainda hábitos que, apesar de não serem proibidos explicitamente, não são recomendáveis. 

É o caso de fumar ou comer na direção. Apesar de não serem condutas especificamente vetadas no CTB, não são recomendáveis por conta de outros artigos do Código. A lei só permite ficar com apenas uma das mãos no volante para fazer sinal com o braço, trocar de marcha ou acionar algum acessório do veículo, por exemplo. ​

Previsão​

O conceito refere-se à capacidade de pensar em situações que podem acontecer e, consequentemente, agir com cautela diante dessas eventualidades.

Por exemplo: quando o motorista se aproxima de um cruzamento com pouca visibilidade, prevê a possibilidade de outro carro em alta velocidade cruzar a via. Sendo assim, desacelera para observar se vem alguém. 

Outra forma de exercitar a previsão é durante engarrafamentos, parando a uma distância segura do veículo da frente. 

Ficar atento ao surgimento de pedestres em vias movimentadas ou verificar as condições dos pneus antes de sair em tempo chuvoso são outros exemplos de previsão na direção defensiva

Decisão

direção defensiva também é decidir, de forma correta e na hora certa, que atitude tomar no trânsito. Por exemplo: quando o motorista está atrás de um caminhão e precisa ultrapassar, não basta que o trecho tenha faixa seccionada permitindo a manobra. É preciso que exista visibilidade e espaço suficiente para a ultrapassagem. Por isso, no trânsito, qualquer decisão deve levar em conta vários fatores. 

Habilidade

Por fim, a habilidade é a capacidade do motorista de utilizar o veículo e realizar qualquer manobra que seja necessária – em especial diante de situações adversas. Por exemplo: mudar a marcha, fazer curvas acentuadas ou frear repentinamente. 

Direção defensiva: situações adversas

Dentro do conceito de direção defensiva estão as situações adversas – em outras palavras,condições que aumentam riscos. Ou, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define: fatores geradores de acidentes.  

​As situações adversas podem ser: luz, tempo, via, trânsito, veículo e o próprio motorista. 

• Luz: quando há pouca ou excessiva luminosidade.

• Tempo: quando há forte chuva, granizo, vento ou neblina.

• Via: quando a via traz alguns fatores de risco, como por exemplo buracos, declives acentuados e sinalização desgastada. 

• Trânsito: quando o trecho traz muito movimento, veículos em alta velocidade ou engarrafamento.

• Veículo: quando o automóvel está com algum componente deficiente, como pneus desgastados ou sistema de arrefecimento comprometido.


• Motorista: quando o condutor está enfrentando algum tipo de limitação física ou emocional, involuntária ou voluntária. Por exemplo: sono, mal-estar, efeitos resultantes de bebida alcóolica, preocupação em excesso ou ansiedade. 

Para cada situação adversa existem medidas a tomar que podem evitar acidentes. 

Com tempo ruim e visibilidade prejudicada, é preciso diminuir a velocidade e redobrar a atenção – ou, melhor ainda, procurar um lugar seguro e esperar.  Já quando o motorista não se sente bem, a recomendação é aguardar até que ele esteja apto para conduzir o veículo.